Todos os bebês têm pouco de refluxo quando nascem, especialmente os prematuros.Na maioria das vezes , trata-se do refluxo fisiológico, provocado pela imaturidade do sistema digestório dos pequenos, e não causa maior desconforto. “Ele é tão frequente que podemos dizer até que faz parte da normalidade”, diz Antônio Celso Moraes, nutrólogo especializado em gastroenterologia, de São Paulo. Esse tipo regride espontaneamente conforme seu filho cresce e pode ser contornado com soluções paliativas.
Ele, geralmente, manifesta-se nos primeiros meses de vida, causando regurgitação ou golfada, que se caracteriza pela saída do leite pela boca após as mamadas, em pequenas quantidades. Quando os bebês possuem esse refluxo normal ou fisiológico, sem prejuízo para a saúde, são chamados de “regurgitadores felizes”.
A volta do leite não é o único sinal do refluxo. Há casos em que o bebê tosse, apresenta chiado no peito e tem dificuldade para respirar. “A mãe também pode desconfiar do problema quando a criança chora demais, fica irritada, inquieta, dorme mal e recusa alimentos. Essas reações são resultado do desconforto causado pela acidez. Não é raro também que o refluxo seja confundido com cólicas.
Quando o refluxo é causado por outros fatores além da imaturidade do sistema digestório, porém, os sintomas se apresentam de forma mais intensa e não melhoram espontaneamente depois do sexto mês. Desconfie, caso o bebê vomite ou regurgite com frequência e em grandes quantidades, esteja constantemente choroso e irritado, apresente muita dificuldade para se alimentar ou dormir.
Sintomas de refluxo infantil
- Regurgitações e vômitos frequentes;
- Otites de repetição
- Os bebês não ganham peso e podem até perdê-lo;
- Inflamação da parede que reveste o esôfago, em função da acidez estomacal causando esofagite;
- Sono agitado;
- Dificuldade para mamar;
- Irritabilidade;
- Choro excessivo;
- Rouquidão devido à inflamação da laringe e episódios repetidos de chiado no peito;
- Pneumonia aspirativa, que é a entrada do alimento no pulmão, mais comum em crianças com problemas neurológicos;
Medidas para tratar o refluxo
Os sintomas de refluxo infantil, quando esse é considerado normal ou fisiológico, são apenas a golfada após as mamadas. Mas quando o refluxo é considerado uma doença, os sintomas apresentados podem incluir:
Até 6 meses: é o período mais crítico porque a dieta baseia-se principalmente em líquidos, como leite materno e fórmulas. Quanto mais ralo o alimento, mais difícil de ser retido pelo esôfago. Ao amamentar ou dar mamadeira, mantenha seu filho inclinado, com a cabeça elevada em relação ao corpo. No final, segure-o apoia do contra seu ombro para arrotar – eliminar o ar ingerido diminui o mal -estar.
“O ideal é mantê-lo na vertical por meia hora depois da mamada”, ensina o gastropediatra Luiz Henrique Hercowitz, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Outro cuidado é programar a troca de fraldas para antes de cada mamada ou uma hora depois, uma vez que movimentar o bebê com a barriga cheia aumenta o risco de refluxo.
Na hora de dormir, deite-o inclinado, com o tronco elevado entre 30° e 45°. Para isso, posicione uma almofada sob o colchão, na cabeceira do berço. Essa posição estimula o bolo alimentar a fazer o caminho natural. “Deitar a criança ligeiramente virada para o lado esquerdo também favorece o esvaziamento gástrico”, orienta Hercowitz.
De 6 a 12 meses: nessa fase, fórmulas especiais, com espessantes, podem entrar em cena. Em contato com o ambiente estomacal, elas ganham consistência de um gel, o que dificulta sua volta. A entrada das papinhas também ajuda.
Comidinhas pastosas e consistentes combatem naturalmente o problema. “Melhor ainda se a mãe fracionar a dieta, oferecendo porções menores de alimento mais vezes ao dia. Isso evita que o estômago fique muito cheio e distendido, o que facilita o refluxo”, recomenda Antônio Celso Moraes, nutrólogo especializado em gastroenterologia, de São Paulo. Convém eliminar do cardápio gorduras, chocolates, sucos cítricos, refrigerantes e iogurtes. Para dormir, valem os mesmos cuidados da fase anterior.
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